Sei que a maioria das pessoas que lê esse blog também lê milhares de outros blogs de moda, por isso, não vai ser surpresa nem novidade o assunto do qual tratarei aqui. Há um tempinho me mandei um e-mail com links de idéias para futuras postagens, só que com os desânimos e bombas do fim do ano, acabei me desinteressando pelas ideias.
Hoje, peguei a revista Elle de Janeiro pra dar a primeira olhada desde que ela chegou aqui em casa (sim, isso é triste!) e dei de cara (não exatamente de cara) com uma página que me chamou atenção e me lembrou da minha ideia. Que ideia, né? (música de suspense).
Então, não é novidade que verão combina com praia, e que praia combina com bolsa de palha, né? Eu acho, pelo menos. Toda vez que vou a praia tento procurar uma bolsa simples e descolada (leia dishcolada) e que não sofra prejuízos com a areia, o sol e eventualmente a água do mar. Estou falando isso tudo para lembrar da coleção de bolsas de palha que a Ana Hickmann lançou em novembro do ano passado. Uma coleção que várias blogueiras chamaram de charmosa (Oi? Release?) e que afirmaram provar que bolsas de palha não servem só para a praia.
Salvei a matéria, aparentemente não muito interessante, menos pelo modelo das bolsas que pelo significado que implica uma marca como Ana Hickmann lançar uma coleção de bolsas de palha. Basta lembrar que, aqui no Maranhão, mais precisamente no Centro Histórico, várias lojinhas vendem modelos de carteiras e bolsinhas de palha super bem acabadas, que custam uma média de R$ 25,00 reais. Iai? A bolsa da artesã sem assinatura é “charmosa”? É tendência? É “lusho”?
O modelo mais bonito da Coleção AH.
Não consegui ver os preços das bolsas da Anna Hickmann, mas acredito que devem custar mais de 100 ou 200 reais. Outro exemplo é exatamente a carteira de palha que saiu na Elle da Claudia Marisguia, que custa R$ 154, e, pasmem, não é assim tão diferente das que vendem na Praia Grande.
Isso me fez pensar que, para nós, que moramos em um estado onde o artesanato é riquíssimo é até fácil criticar as marcas que utilizam esse mesmo artesanato como diferencial e desculpa para um preço mais salgado. Sorte nossa, pois em outros lugares essa pode ser a única forma de ter um produto legal assim! Mas ainda falta agregarmos valor aos nossos produtos, para não ficarmos atrás de nenhuma assinatura pomposa.
Esse post me fez lembrar da minha amiga Mariana. Estava com ela em um evento de arquitetura e estava reparando em como várias pessoas estavam bem arrumadas. Inclusive a Mari. Muitos apostaram em brilho e cocktail dresses, parecia uma festa mesmo! Aí reparo que a minha amiga, no seu pretinho básico, tinha finalizado a produção com uma carteirinha de palha super mimosa, que não ficava atrás de nenhuma outra cheia de pedrarias ou bordados.
Depois a gente ainda tem que agüentar o pessoal dizendo que a Ana Hickmann é que ensina que palha não combina só com praia. “Anham, entendi”.
Ps.: Não tenho problemas com a AH, na verdade, sou fã de carteirinha dela e dos óculos dela!
A tão falada página da Elle ^^